Com a virada do Século XIX para o Século XX temos uma verdadeira revolução no que diz respeito às tecnologias e todas as relações, tanto no âmbito familiar, como profissional. As novas possibilidades de se comunicar e de encarar o mundo mudam. Mulheres tomam a dianteira e passam de meras espectadoras para agentes das ações, sejam elas políticas ou as mais cotidianas e rotineiras.
Como não poderiam deixar de ser as crianças, assim como as mulheres, seres passivos aos acontecimentos, que assistiam inertes a vida passar começam a perceber, que talvez não no momento presente, mas logo em seguida se tornariam tão responsáveis quantos seus pais pelo rumo da História. E é assim que tudo muda, já no final do Século XX, tanto mulheres como crianças têm seus direitos garantidos por leis especificas, e passam a serem vistas com novos olhos e mais respeito, por que não, a educação é ponto forte nessas circunstâncias. Vistas (as crianças) agora como cidadãos do futuro, as praticas docentes, até então focadas em datas e personagens, passam a ser voltadas para fatos que tenham alguma relevância para que o discente aprenda e compreenda, principalmente, sua realidade e possa se instrumentalizar para entrar na vida adulta como um individuo mais consciente e, com sorte, engajado.
Pois bem, hoje vivemos um novo contexto histórico, não que os conflitos, nas questões políticas e econômicas ainda sejam de essencial relevância, porem outra questão aparece em foco, a tecnológica, onde nossos alunos não conseguem ver sua vida sem estar conectado a rede ou acessível em um telefone móvel, e é nesse cenário que surge a necessidade de nos professores renovarmos também, para não ficarmos estagnados no tempo, para tanto devemos agregar, o que tanto atrai os jovens, em nossas aulas, as alternativas estão ai... E conhecer os recursos não é o suficiente, precisamos saber como utilizá-los, e para isso cursos de capacitação são sempre muito validos tanto para leigos quanto para os que se acham entendidos, como uma nova proposta de usar as ferramentas que a internet nos oferece, como chats, blogs, listas de discussão, muito mais do que aquela velha pesquisa que resulta num insignificante CTRL + C CTRL + V.
Assim como nossos mestres inovaram na abordagem, deixando de lado a educação bancária e o velho método de “transmitir” conhecimento, nos devemos inovar no que diz respeito à maneira de ensinar, vivemos com uma geração High Tech e se não dermos um passo tão importante como os seguidores de Paulo Freire e Moacyr Gadotti que revolucionariam a maneira de (agora sim) construir o conhecimento, deixaremos de fazer a nossa parte nessa nova ordem, e assim sermos professores de aulas não tradicionais, como tão temido em nossa formação, mas pior, aulas anacrônicas.